"A quiropraxia vai mais profundo que "tratar a coluna para estimular ou inibir nervos", mais profundo que localizar a subluxação vertebral e ajustá-la, mais profundo que localizar a causa específica da disarmonia e corrigi-la para tornar saudáveis aqueles que estão doentes- cada um sendo uma limitação empírica ou uma fronteira a qual diferentes grupos se recusam ultrapassar. Quiropraxia vai profundo o suficiente para querer SABER o que faz os vertebrados funcionarem de modo característico, incluindo o gênero homo;porquê, como, quando e onde "a mágica acontece" *; como conhecimento é poder, a Quiropraxia tem um NOVO e o maior insight sobre a existência humana para apresentar."
BJ Palmer - Answers - 1952
* N.T. "he ticks", um conceito de difícil tradução para o português. É algo como "funcionar adequadamente, funcionar bem", por ser linguagem informal eu traduziria essa frase para "onde a mágica acontece".
Comentário -
Gosto dessa análise humana dos grandes mestres da Quiropraxia porque me ajuda a entender melhor (ou acreditar que entendo) seus pensamentos e mostra que eles também foram de sistema-nervoso-carne-e-ossos, como você e eu.
Tenho uma queda particular pelos textos do B.J.publicados durante e após a década de 50, são muito mais ricos que aqueles publicados antes. Talvez a experiência de escrever "The Biggness of the Fellow Within" e "Up From Below the Bottom" tenha sido um rito de passagem, talvez tenha gerado um longo período de auto conhecimento, de meditações e reflexões que fizeram com que B.J mudasse tanto que em muitos aspectos pareceria outra pessoa. Inclusive, se bem me lembro, é a partir desse período que B.J. volta a falar de D.D. com muito mais carinho e respeito (Duvido que fosse apenas um bom golpe de marketing, afinal a Palmer College sobrevivera por quase 40 anos após a morte de D.D.).
Muito mais importante que a publicação desses livros, no entanto, e a possibilidade ainda mais provável de tal mudança foi a morte de Mabel H. Palmer, a primeira dama da Quiropraxia. Mabel morreu exatamente em 1949, o ano em que B.J. começou a mudar de modo notável. O "novo" B.J. era mais humilde, espiritualizado e com pensamentos extremamente mais elaborados. Mais flexível, nessa fase B.J.me pareceu retomar o caminho da "filosofia, ciência e arte das coisas naturais e da vida" 
Seja como for, a ideia aqui é acender uma faísca de curiosidade pelo novo, pelo "pós-Stephenson". Muito se fala dos 33 princípios, e são inestimáveis, mas são a pura e simples síntese didática do conhecimento de um B.J. pré-1925. Precisamos ir além, precisamos da inquietude que fez do velhote o maior desenvolvedor da profissão. Perguntem, questionem, não aceitem! Não acreditem! Dane-se a crença, desejem o entendimento! O conhecimento! Nossa filosofia é muito mais rica do que podemos imaginar, nossa ciência é inestimável para o futuro da humanidade, e nossa arte tem que se adaptar às duas primeiras.